Tuesday, December 23, 2008

Eu desejo, Tu desejas.

O que é o desejo do ser amado
senão o combustível da nossa paixão?
Ver a vontade do outro em nos ter
é algo tão prazeroso quanto
qualquer satisfação posterior

Desejar alguém
é querer vê-lo amolecer em seus braços
é querer ouvir seu próprio nome sussurrado
ou em altos brados repetidas vezes
sem ritmo, descompassado,
querer ouvir palavras sem contexto
que nos fazem todo sentido

O desejo do amado, nos olhos
por nós, estampado
é o elixir da juventude
auto-estima e bom humor
É mais... é água na vida em comum
porque temos sede do desejo do ser amado
queremos e merecemos nos sentir devorados
pela vontade que podemos causar

Querer ser desejado
não é luxo, ego ou carência
é gostar de saber que o outro
se sente bem ao nos abraçar, beijar, sentir
ter certeza de que o outro vai estar ali
enquanto estiver ao seu lado
e não voando em outros braços
em busca de inspiração

Não nos envergonhemos
de desejar o desejo do amado
queremos ser miragem, vertigem, volúpia
como o outro também é aos nossos olhos

Thursday, December 04, 2008

Dizem que sou louco...

Adoro ser louca e gozar da minha loucura intensamente. Assim se tem

desculpa pra fazer tudo e ser o que quiser. Adoro guardar uma parte

diferente de mim com cada pessoa.... e ser ao mesmo tempo Stela,

Paola, Luiza, Beatriz e Cecília...sem ser todas ou cada uma por

vez. Gosto de me deleitar com o tanto que cada um guarda de mim...e

ser aquela que esse ou aquele conhece, brincar com meus personagens

de verdade. Cada parte se torna o todo. Sou a louca que lava carros

com cerveja, sou a santa que faz sinal da cruz em frente ao

cemitério, a puta que te beija com mais uma língua no meio, a burra

que finge saber o que não sabe, a imprevisível que inventa uma

reação a mais, a inteligente que sempre leu algo a respeito, a

depressiva que chora depois da gargalhada. Sou louca quando sou

autêntica. Adoro ser louca.

Sunday, September 14, 2008

Só por desabafo mesmo

Ela voltou. Primeiro o alívio, depois as lombadas. Pai, mãe, família inteira, psiquiatra, psicólogo, amigas novas, fãs, ego, adicção, recuperação, monitoramento. Nunca é ela apenas. É uma mulher que vem com o pacote. Isso me irrita.

Primeiro porque o fato de eu estar em presença de alguém que tem cada passo vigiado significa que os meus passos também estão sendo vigiados. E eu sempre odiei dar satisfação da minha vida, desde que me entendo como gente. Além disso, a esse respeito, penso que se ela está em minha companhia não precisaria mais de explicações extras, já que eu sempre demonstrei total responsabilidade e preocupação para com sua saúde e bem-estar. Sinto-me desrespeitada e excluída por seus familiares e afins. Logo eu que sempre me desdobro pra ser simpática, agradável, sociável e outros tantos veles.

O outro fator que não me desce é a maldita baixa auto-estima da criatura. Sempre tentando me provar o quanto é desejada, esfregando fãs na minha cara. Ela não tem amigos, tem fãs. E os fãs sempre me odeiam e fazem questão de tentar em todas as oportunidades macular a nossa relação. Eis o desequilíbrio que não suporto: Até quando eu piso no pé dela é para protejê-la. Ela me quer cambaleante, insegura, frágil. Gosta de me colocar pra baixo pra sentir que tem algum poder sobre mim. Eu percebo, fico puta e saio fora. Depois tento explicar a situação pra ver se vejo seu espírito evoluir. Acho que ela ainda vai precisar de algumas reencarnações pra me alcançar, se essas existirem.

Saturday, August 23, 2008

à minha querida amiga

amiga, me conta, não finge
não é de curiosa que quero saber
diz o que é que te aflige
quero dividir o peso com você

tantas mágoas, dúvidas, amores,
deve haver no recôndito da tua alma
tenho palavras, não são favores
da minha mão, em silêncio, te ofereço a palma

em meu peito teus enigmas, despeja
quero vê-la flutuar de leveza
Molha minha manga com teu choro
e deixa teu sorriso se espalhar com vigoro

Permita que eu fique por perto
e te faça esquecer de tudo ao fazer graça
deixa que eu te cure, é certo
com esse amor amigo que a ti me enlaça

Monday, August 04, 2008

Torrente

Tantas emoções pulsando
Um incômodo, uma angústia
Que eu queria jorrar o que sinto
E acalmar essa correnteza
Que vai e vem dentro do peito

Só que tua imagem me cala
A alma fala, mas eu não decifro
Essa torrente que me causa
Vem em forma de frio, vento, tempestade
Não se encolhe dentro das palavras

Você é solta e se espalha em minha mente
Não cabe nas minhas letras e versos
Escapa das regras da minha escrita
E se não há em mim palavras que te bastem
Como dizer-te? Como dizer-te?

Friday, July 25, 2008

Conselho

O amor não espera você estar pronto para recebê-lo
Ele gosta de surpreender
E conhece o seu impacto nas mentes distraídas
Por isso, se deseja viver uma grande paixão
Desarme-se

Thursday, July 17, 2008

Espera

Agora já era
Me deu uma trela
E não passam duas luas iguais
Até que me queira mais

Agora é a espera
Eu sei vai ser ela
Que não vai encontrar outro cais
Que não vai ter um só dia de paz

----------------------------------

E pensar que tudo começou a dar errado porque eu mandei uma mensagem de celular... eu e a minha intensidade...mas se eu não falar temo me engasgar. Aí vai a polêmica e assustadora mensagem:

Você território incerto
às vezes distante
outras bem perto

Eu que não sei esperar
e o destino é tão longe
quero é pousar, pousar, pousar...

sexta/ sábado 0:03 , 12/13 de julho de 2008

De que adianta fazer amor com quem trepa com você?

Sumir sem rima

Nas suas palavras
Tomou uma dose de mim
E se foi

Nas minhas
Pegou minhas lentes cor-de-rosa
E sumiu

----------------------------

Sumir com rima

Nas suas palavras assim
Se foi logo depois
De tomar uma dose de mim

Nas minhas palavras assado
Pegou minhas lentes cor-de-rosa
E sumiu do meu lado

Tuesday, July 01, 2008

Desperdício

Outra vez mais
E tudo se confirma
Se não é pra ser
Pra que ser tão bom?
Nossas bocas se encaixam
E, Senhor, tende piedade
Dê-nos um descompasso
Um erro de movimento
Algo que ocorra de errado
Pra que a perfeição?
Se nada seremos

E sóbrios dá certo
E se bebemos melhora
Deitados, de pé, sentados
Dançando ou parados
Senhor, uma mordida ao menos
Que fira e cause raiva
Uma pisada no pé
Um hálito ruim
Nos confira um defeito
Bem pequeno que seja
Pra estragar essa lembrança
Sempre irretocável
Das noites em que somos um.

Friday, June 20, 2008

Need Your Love So Bad

Essa noite me imaginei dançando uma música pra você, honey...
Senta nessa poltrona e assiste...

Ouça!!!
http://musica.busca.uol.com.br/radio/index.php?ad=on&ref=Musica&busca=need+your+love+so+bad¶m1=homebusca&q=need+your+love+so+bad&check=musica

"Need someone's hand to lead me through the night

I need someone's arms to hold and squeeze me tight
Now, when the night begins, whoa, I'm at an end
Because I need your love so bad

I need some lips to feel next to mine
Need someone to stand up - to stand up and tell me when I'm lyin'
And when the lights are low - and it's time to go
That's when I need your love so bad

So why don't you give it up, baby and bring it home to me
or write it on a piece of paper, woman - so it can be read to me
Tell me that you love me - and stop drivin' me mad
whoa, because I - I need your love so bad

Need a soft voice - just to talk to me at night
Don't want you to worry, baby
I know we can make everything alright
Listen to my plea, baby, come on bring it to me
'Cause I need - your love so bad
Baby, I need, I need - woman, I need your love so bad"

Thursday, June 19, 2008

Versos pra ti

Queria escrever-te o verso perfeito

Aquele que encheria teus olhos

E deixaria meus versos manchados

Aquele que faria você entender

Tudo o que eu sinto

E te fizesse encher o peito

por um breve instante que fosse

De tudo que me preenche

Ao pensar em você

Queria que esse verso te emocionasse

como uma sinfonia bem tocada em piano clássico

O enquadramento poético de uma fotografia sua

O Traço sublime numa tela de pintura

Palavras de amor ao ouvido no seu idioma preferido

Queria que esse verso fosse

Muito mais do que jamais pude

Que ele te arrepiasse o corpo inteiro

Que não te saísse da cabeça

Que te fizesse sorrir ao acordar e relembrá-lo

Queria um verso perfeito

E junto dele pôr outro e outro

E numa harmonia de palavras e formas

Expressar a perfeição que há em ti

Queria uns versos com rimas milionárias

Com redondilhas maiores pra caber tudo

Uns versos alexandrinos que bem mereces

E uma musicalidade tão sonora quanto

O conteúdo cantado em si

Tuesday, June 17, 2008

Menina quer viver

Mas menina
Pra que essa pressa
Se ainda é outono
E a flor demora a nascer

Menina
Que ânsia é essa
Se não temos dono
preocupar-se pra quê?

Eu sei
Que na flor da idade
A humanidade não sabe esperar

Mas sei que a liberdade
Que tanto se preza
Também é pra dar

Se acaso se sente com medo
De ter logo cedo
Na cabeça alguém

Saiba que é muito provável
E muito amável
Que a tenham também.

Wednesday, June 11, 2008

"E a minha boca, se morde pelos cantos, esperando um beijo teu"

(em algum lugar virtual)

Eu disse não

E por que me neguei a você se tanto te queria?

Porque era com tua alma que eu queria dormir

E quando os corpos cansam

As almas permanecem... não cansam de amar

São insaciáveis.

Saturday, May 31, 2008

Aqui com o meu divã

Queria sair de vez desse estado de dormente abatimento. Eu tento, saio, encontro amigos, às vezes me divirto, mas é um estado latente que sempre vem à tona. Mais cedo ou mais tarde ela bate. Ela é tão cruel, não me deixa pensar em mais nada que me faça bem. E é uma vontade sem fim de chorar, de me trancar em mim, de fechar a porta com o mundo inteiro do lado de fora. Não quero ver ninguém, não atendo telefone, não abro email. Tenho medo do que vão me dizer. Raras vezes me sinto disposta a assistir aulas, comparecer a reuniões. Tudo demanda um grande esforço, uma ação prévia de auto-motivação. E durante os eventos sociais é comum que eu me sinta distante e não me integre, embora eu finja muito bem.
Uma pequena pressão vinda de alguém, seja por trabalho ou amizade, já me deixa acoada, me faz recuar, me acovardo com facilidade. A força que eu costumava ter para aprender coisas novas, me enfiar de cabeça nos desafios, enfrentar obstáculos, parece ter escorrido pelos dedos.
Diferente de antes, tenho remoído problemas e desgraças, ao invés de gastar a maior parte do tempo encontrando soluções.
A perda do meu pai, logo em seguida a da minha mãe, o golpista do meu ex-padrasto que não me desce, a falta de apoio famiiar, o peso de ser mãe repentinamente, cuidar da casa, administrar bens e caos, as contas, e ainda amor não correspondido, falta de perspectiva profissional, conflitos interpessoais, esse sono excessivo que sinto, o barulho da rua que me irrita demasiadamente, meu anjinho rebelde longe e sem dar notícias há 3 meses...
Como sair dessa cova arenosa?

Friday, May 30, 2008

My baby girl,

Nem sei por onde começar. Disseram-me pra não falar de saudade, mas como se é a primeira coisa que me vem à mente quando pendo em você? Para não causar muita polêmica poderíamos trocar essa palavra proibida por algo mais ingênuo. Pensei em uva.

Agora posso dizer que sinto imensas uvas de você, tantas tantas que dava até pra fazer um bom tinto seco.

Não te escrevi antes, porque não sabia pra onde mandar... em que lugar do mundo você se escondera. Finalmente tiveram dó das minhas uvas e me deram um endereço pra pôr no destinatário da carta.

Eu tenho estado bem, às vezes mal, outras bem uhu! pra cacete, outras querendo me trancar e deixar o mundo se explodir lá fora. Montanha-russa emocional, disso você entende mais que eu. Mas eu espero de verdade que você esteja serena... e da melhor forma possível...ai como isso me preocupa.

Quero saber TUDO. Sempre quis, você sabe. Eu preciso saber tudo que tem passado com você nesses dias. E já se passaram quase três meses. Como você chegou aí? Foi por bem, foi por mal. Foi o que? Como é o ambiente? Tipo aquele sítio de Iguapimirim (era Iguapimirim? Sempre confundo com Itapemirim e outros mirins). Tipo hospital. Tipo casa. Tem muros, tem grades? Como é a sua alimentação? Você tem tomado remédios? Tem amigos? Quem cuida de você? Em que se baseia o tratamento?

Além de todas essas dúvidas estruturais, quero saber como você tem se sentido. Tem tido tempo e energia para a música? Tem escrito e colocado seus sentimentos no papel? Espero que sim...

Engraçado como as pessoas se tornam peças-chave em nossa vida. Vivi anos sem nem saber que você existia, depois que meus olhos e ouvidos foram apresentados a você, não posso imaginar minha vida sem pôr novamente os olhos em você e os ouvidos em tua voz.

Mais engraçado ainda são as situações em que me colocam: “Olha a minha namorada como canta bem” diz um, “Olha o meu filho como tem talento” diz outro... sempre penso “Ah se eles a ouvissem cantar”. Ninguém canta como você. Pelo menos nenhum dos ilustres desconhecidos do público que me são apresentados. Claro que Marisa Monte te ganha, mas ela teve aulas com a Maria Callas... vamos respeitar.

Peço três coisas a você: que me escreva o mais breve possível; que tenha força de vontade para ficar limpa forever; que não deixe que jamais mexam na tua essência, não se torne um zumbi, uma Luana, um Peter Pan, please. Quero que você volte alegre, falante, saltitante... senão eu vou te sacudir hein, garota!!! Antes um centauro que uma lesminha rs.

Você continua nas minhas orações. Não esqueça de rezar pelas pessoas que precisam... existem mais pessoas sofrendo no mundo, nunca se esqueça. Não se tranque no seu egoísmo, lembra?!

Fora isso a ti ainda cabe um bom lote no meu coração.

Um beijo, um abraço e um goiabinha,

Eu Mim Comigo.


Sunday, May 11, 2008

Por um fio

Sabe o que nos prende a eles? É esse fio maldito.
Esse finíssimo pedaço de corda.
Nós sabemos que não temos chance, que as coisas seguirão iguais,
mas ainda assim, ao menor sinal do outro,
a gente se abre em sorrisos e já fica sonhando acordado.
Culpa desse fio de esperança que parece tão frágil, mas que nada arrebenta.
E a gente se agarra nele, porque é o que temos,
e segue vivendo, tentando pensar em outras coisas, nos dar outras chances,
como se fosse possível seguir sem cortar o fio.
O fio que nos ajuda a continuar, mas também nos prende.

Tuesday, May 06, 2008

Noite passada

Vê as marcas no meu pescoço
era eu tentando te esquecer
não consegui nem por um segundo
e talvez você nem imagine
que era você na cama comigo noite passada

Mantive os olhos fechados
e até teu cheiro eu consegui sentir
tuas mãos eu as queria mais suaves
e teu beijo não acertava o ponto
mas era você me encarando todo tempo

Eu sorri tantas vezes
quando era exato o teu peso sobre mim
e não abria os olhos
pra você não escapar de jeito algum
Eu te segurei com toda força, você sentiu?

Teu nome eu repeti sem falar
e teus olhos tão negros
me sugaram até a perda dos sentidos
Depois você foi embora sem se despedir
e eu sonhei como seria te ter com os olhos abertos.

Tuesday, April 29, 2008

Carta sem registro

Desafiando todas as leis da física, me apaixonei por você. Parece até brincadeira, somos cada um o que o outro não quer. Mas eu quero. E agora? Me explica. Que nem eu consigo encontrar razão. Encontre pra mim as palavras que definam o que sinto por você , que já tentei me encaixar entre tantos padrões e nenhum me coube. Nenhum coube a nós e a esse amor pra lá de exótico. De longe algum desavisado pode nos achar um casal comum, mas só Deus sabe o quanto de transgressor há nele. Porque nem mesmo um casal somos. Somos amigos apenas. Mas isso é coisa à beça, porque quando a gente se encontra é sempre tudo tão completo, tão alegre, tão jovem e transviado como nós dois. Eu gosto de mulher, e você é homem. Você gosta de homem, e eu sou mulher. Somos o desencontro. Você é o símbolo daquilo que eu repudio e desejo em uma só pessoa. Tem corpo de homem e pele de mulher. Pegada de homem e beijo de mulher. Desejo de homem e entrega de mulher. Como resistir a essa androginia sua? Procuro explicações entre o céu e o inferno que tem sido meus dias. Remôo olhares e bandeiras pra ver se encontro uma pista. Hora ou outra me vem uma conclusão otimista, tão forte quanto um galho de goiabeira seca, tão duradoura quanto a areia que passa de um lado a outro da ampulheta. Logo caio em mim e percebo que meus pensamentos não passam de vertigem. Que teus objetivos vão de encontro aos meus. E isso acaba comigo. Preciso saber o que acontece entre nós. Se a brisa que bate em mim também te alcança. Se devo continuar ou te limar dos meus sonhos.

Sunday, April 27, 2008

Pianíssimo

Tenho sentido sede. Sentido meus pulmões sufocarem de excesso de ar. Preciso extravasar, jogar toda essa energia passional pra fora. Já que não há substância concreta que me sacie...pensei em buscar um alimento abstrato...e...do nada... uma velha amante volta e se faz presente: a música. De repente, num dia qualquer, tive a tarde mais fantástica de todos os tempos. Conheci Maria Josephine, pianista clássica, que adora Chopin e interpreta Francisco Mignone como ninguém. Ai se ela soubesse o bem que me fez naquela tarde. Minhas próprias lágrimas mataram minha sede. Pude me ver tocando aquelas teclas e sentindo minha dor escorrer pelos dedos até o piano, contaminando a música e podendo dividir minha dor com quem se emocionar comigo ao sentisse minha dor pela música que eu tocaria. Quero fazer o mundo entender minha dor. Compartilhá-la através da música. Matar minha sede. Extravasar todo esse sentimento que me afoga até quase matar. Preciso tocar piano.

Friday, April 25, 2008

Canção de amigo

E se fazer amigo
Pra ouvir mais de você
Saber dos seus caminhos
Por quem teu coração dispara
E se fazer amigo
Pra conhecer teus gostos
o que te desagrada
quem são teus inimigos
E se fazer amigo
pra tocar sempre em você
te fazer sorrir pra mim
ser apresentada aos teus sonhos

Mais um

Mais uma música
Para cantar minhas lembranças
Mais um amor
Pra treinar a confiança
Mais uma dor
Pra fazer poesia

Eu deusa de uns ... outros deuses de mim

E é sobre isso que eu queria entender. Qual o sentido do amor de mão única? Por que ele continua após tantas provas de que não deve mais? Do que ele se alimenta afinal?

“João amava Teresa que amava Raimundoque amava Maria que amava Joaquim que amava Lilique não amava ninguém.”
(Drummond)


Aqui sou Joaquim, mas confesso que me identifico mais com a quadrilha da música de Chico

“Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava PauloQue amava Juca que amava Dora que amava Carlos que amava DoraQue amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amavaCarlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto que amava
a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha”
(Chico Buarque)

Aqui sou Carlos na última estrofe.

Também poderia amar a quadrilha..isso é estar na flor da idade, mas se Dora é perfeita, de que servem Lia, Lea, Juca, Pedro, Rita...?

Thursday, April 24, 2008

A um amigo

"Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos

E eu nem sei que hora dizer
Me da um medo ( que medo )
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano

É eu preciso dizer que eu te amo
Tanto
E ate o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado

Voce me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
e nessa novela eu não quero ser teu amigo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano

Eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

Eu ja nao sei se eu to me estorando
Ah, eu perco o sono
Lembrando em cada riso seu qualquer bandeira

Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano

E eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos

Eu nao sei que hora dizer
Tenho medo

Que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano

É que eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

E ate o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado

Voce me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
e nessa novela eu não quero ser teu amigo

Que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano..."

Wednesday, April 09, 2008

Ouro branco

Perdi os brincos que meu pai dera de presente à minha mãe.
Que tristeza profunda sinto, que revolta contra essa minha falta de zelo.
Um defeito nunca me incomodou tanto, esse meu desapego com as coisas, esse idéia de depois compro outro, depois alguém encontra e me devolve. Depois que nunca chega. Fico sem e esqueço.
Dessa vez é diferente. Nunca esquecerei que peguei sem pedir os brincos de minha mãe, dados pelo meu pai, e os perdi. Perdi meu pai, perdi minha mãe e os brincos.
E não é porque eram de ouro branco com pedrinhas semi-preciosas. É porque eram os brincos que meu pai deu à minha mãe.