Queria sair de vez desse estado de dormente abatimento. Eu tento, saio, encontro amigos, às vezes me divirto, mas é um estado latente que sempre vem à tona. Mais cedo ou mais tarde ela bate. Ela é tão cruel, não me deixa pensar em mais nada que me faça bem. E é uma vontade sem fim de chorar, de me trancar em mim, de fechar a porta com o mundo inteiro do lado de fora. Não quero ver ninguém, não atendo telefone, não abro email. Tenho medo do que vão me dizer. Raras vezes me sinto disposta a assistir aulas, comparecer a reuniões. Tudo demanda um grande esforço, uma ação prévia de auto-motivação. E durante os eventos sociais é comum que eu me sinta distante e não me integre, embora eu finja muito bem.
Uma pequena pressão vinda de alguém, seja por trabalho ou amizade, já me deixa acoada, me faz recuar, me acovardo com facilidade. A força que eu costumava ter para aprender coisas novas, me enfiar de cabeça nos desafios, enfrentar obstáculos, parece ter escorrido pelos dedos.
Diferente de antes, tenho remoído problemas e desgraças, ao invés de gastar a maior parte do tempo encontrando soluções.
A perda do meu pai, logo em seguida a da minha mãe, o golpista do meu ex-padrasto que não me desce, a falta de apoio famiiar, o peso de ser mãe repentinamente, cuidar da casa, administrar bens e caos, as contas, e ainda amor não correspondido, falta de perspectiva profissional, conflitos interpessoais, esse sono excessivo que sinto, o barulho da rua que me irrita demasiadamente, meu anjinho rebelde longe e sem dar notícias há 3 meses...
Como sair dessa cova arenosa?
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