Não existe dúvida nem poesia
não há sentido para a música
sem te encaixar na melodia
Sol e lua se confundem
e como num eclipse
amizade e amor se fundem
Ver-te tão feliz
sempre fora uma dádiva
mas agora cada sorriso teu
Chega em pontada ácida
Pois, por me considerar amiga
faz a devida questão
de me apresentar tua vida
Que frieza poderia correr
nesse peito que só respira por ti
se noutros braços, ao te ver
pudesse eu brindar e me divertir
E que expressão deveria
eu, de felicidade, fazer
ao receber a nova fria
que não serei eu a te ter
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E talvez seja melhor
Reencontrar-te em outra Vida
Não vale a pena correr
Por onde não há saída
Mas se ainda sim
O peito teima em sangrar
O vento dará conta
De tua lágrima secar
O que seria a frieza
Com um tempo
Tornar-se-á esse 'brindar'
Assim que abrires os braços à Vida
Desprendendo-se desta ferida
Que hoje é o teu penar
Menina, com o tempo,
Entederás esse sentimento
Não é Amor, o que levas por dentro
É a sensação de não aceitar,
Que esse alguém te esqueça
Por outrem Amar
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