Tuesday, March 03, 2009

Meu último poema

Quero escrever meu poema mais tocante
Porque será o último que te dedico
Será daqueles bem rasgados e densos
Para fazer jus à nossa história tão insana e pura

Quero que não deixes que ninguém toque no meu poema
Que ninguém o leia e caçoe dele
Eu o quero intocado como as nossas lembranças
Eterno como fomos um dia

Quero que o leia no nosso último aniversário
Que já nem comemoraremos
Que vertas tua última lágrima em homenagem a nós
E sorrias ao pensar no quanto fomos felizes

Quero que sintas que nada seria mais exato
Que esse poema ao falar de nós
Quero que ele seja controverso
Cheio de símbolos e códigos próprios

Quero que ele seja passional
Que seja explosivo e fatal
Que contenha muita música
Como nossa relação possuiu

Que esse poema cause febre ao ser lido
Que muitos nem consigam terminar de lê-lo
Que o rasguem em mil pedaços
Ou o citem numa carta de amor

Quero que ele seja tão perfeito
Quanto nossos corpos juntos
E tão desconexo
Quanto nossas conversas ao telefone

Que cause a mesma dor de te ver partir
E que ele não exista enfim
Para saberes o vazio que tenho sentido

3 comments:

Tamyres Ayres said...

Último?
Duvido que suas palavras não encontrem um bom motivo para se fazer presente.
Ainda acharás, na Vida, um bom motivo para sonhar...

Não te esqueças que em meu coração habitas...S2...

Estás ausente, longe... mas presente nas lembranças mais sublimes, em que me ponho a pensar.

Sabe, sinto como se um canto da minha memória esteja reservado somente a ti. Inalterado... Esperando outros momentos que, ao teu lado, se façam um eterno Sonhar...

Por agora estou no trabalho...
É cedo...
Momento perfeito para que eu possa pensar em ti.
Minhas lágrimas brigam para não rolar e eu sinto que estou um pouco mais forte.

Se eu pudesse voltar no tempo, eu não teria deixado com que escapasses de mim.
Eu teria feito com que me fizesses o teu alicerce.
E não deixaria que caminhasses por um outro caminho, a não ser o que pudesse te trazer ao meu coração.
Não teria deixado amanhecer por um dia, nem anoitecer pelo outro.
Faria a chuva permanecer cada vez mais forte, na tentativa de te impedir de sair de casa e me fazer ficar mais tempo ao seu lado.
Teria pedido a sua mão, mesmo que sua resposta fosse 'Não', enquanto a música tocava e meu rosto acariciava o seu.
Ou, ao menos, teria me feito mais presente, a partir dali.

Mas tu me causavas medo, confesso.
E eu não soube como, ao menos, te ligar. Isso porque pensava no tal 'Não'...

É, eu teria tentado tudo isso.
Mesmo que não conseguisse alterar muita coisa. Mas isso seria apenas para te fazer arriscar... Tentar.

Não estou comentando seu texto, desculpe Girassol.
Eu não ia escrever nada.
Mas é que me invades...
E...
Fim.

Tamyres Ayres said...

Sempre estou presente, bem como o ar que forma a neblina. Mas como ela, preciso me tornar visivel, para que tenhas certeza disso.

Tamyres Ayres said...

Amanhã é o grande dia!!!

Eu jamais esqueceria de ti.

Beijos.. e saudades...