Deixa em paz a minha inocência
Que sem ela o mundo fica muito duro
Peço que tenha paciência
Se eu disser que as meninas são ninfas
E os meninos fazem coisas sem querer
Uma íris-teleobjetiva com filtro cor-de-rosa
Tenho no rosto, inata
Só enquadra as imagens de prazer
Captura o melhor de todo ser
Então me perdoa se tapo os ouvidos
É que não suporto essas palavras
Cruas da tua realidade
Verdade que não me pertence
Crueldade que só me chega rente
Não me penetra a mente
Não me perturba o sono
Não me contamina
Não me sinto dono
Deixa em paz a minha inocência
Que ela é inofensiva à tua saúde
Diferente da tua maldade
Que me fere e rasga a pele amiúde
Deixa em paz a minha inocência
Que sem ela enxergo pouco
Há poeira em todo canto
Há penumbra e um vagar louco
Fica aqui um desencanto
Se levarem minha prenda embora
Enche-me nos olhos pranto
O que acontece fora
Da minha lente otimista
O que seria de mim
Com os olhos e ouvidos nus?
Restar-me-ia a morte talvez
E procurar n' outro recanto luz?
Imploro que se afaste
Deixe por favor
Deixa em paz a minha inocência.
1 comment:
E aí, menina...
Vamos atualizar po aqui hein...
To com muitas saudades de você...
Tanta...
"É tanto, tanto, se ao menos você soubesse..."
Não suma, não deixe de me dizer ao menos "oi"...
Não me prive de suas palavras, por favor...
Mil beijos...
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