Saturday, March 31, 2012
Já sentiram aquela vontade não sei de quê? Aquele frio na barriga que vem sei lá de onde. Uma ânsia de viver, de sair correndo para um destino incerto? Uma vontade de gritar palavras que ainda não vieram à boca. Uma inquietação sem causa. Um desassossego que começa nos dedos dos pés e acomete até as orelhas. Já sentiram isso?
Thursday, March 29, 2012
Quanto tempo é preciso?
Quanto tempo é preciso pra se tornar especial pra alguém. Acha isso rápido demais?
Alguns minutos de chuva e lá está o arco-íris; Em segundos alguém se torna campeão olímpico; Uma fotografia perfeita precisa de um clique e dura pra sempre.
Tivemos a eternidade das horas noturnas. Você é estrangeira e meus fusos estão confusos.
Você aceitou meu convite pra beber, encantou meus amigos. Saímos duas vezes na mesma noite.
Dançamos, bebemos, rimos. Aventuramo-nos.
Meus fusos gostaram do estrangeiro: não durmo nem no Brasil.
A noite cresceu junto com a nossa amizade. Você me abraçou forte e pediu pra eu ficar. Disse que me levaria por toda cidade.
Fomos dormir. O quarto era o mesmo. Coincidência ou não, eram seis camas e só havia duas ocupadas.
Poucas horas de sono, não queríamos perder nada. Acordamos cedo. Tomamos café, você carregou minha mala até o metrô.
Meus fusos estavam confusos, mas eu queria atrasar mais duas horas no relógio de Greenwich.
Música regional no caminho. A sua cultura está estampada nas minhas fotos de turista bobo.
Chegada ao aeroporto. Abraço apertado, mas nada como pegar sua mão e te olhar nos olhos.
Não vai. É preciso ir. É hora de concertar os fusos. Quanto tempo leva até alguém se tornar eterno? Foi só o tempo de o teu sorriso esmagar as suas bochechas.
Friday, March 16, 2012
O pesadelo do poeta
E de repende as mãos travam
Diante do papel em branco
Como a voz do calouro
Ao vislumbrar a primeira plateia
A ânsia de escrever continua
Sem saber exatamente o que
Frases não vêm à cabeça
Tampouco temas... temas
Poemas alheios não quero ler
Não há dores, fadigas, amores
E o que é a vida do poeta sem
Questões, revoltas, rumores
Desesperada, procuro a lua
Mas hoje vaga naquela fase nova sua
É como se inexistisse
E as estrelas são tantas
Encobertas pelas nuvens
Os sons da rua
Apenas silêncios refugiados
Na imensidão da noite
Mas o que é o silêncio, a escuridão, a chuva
Sem um motivo pra metáfora?
A procura é em vão agora
O substrato dos versos
Dorme tranquilo a essa hora
E nem mesmo a solidão
Veio ter comigo esta noite
Um único pensamento insistia
Amanhã se quiser escrever terei de me arriscar mais
Eu rolava na cama sem saber se dormia
E rompendo o nada que pairava no ar
Uma voz em delírios ao fundo dizia
Vai, vive!
Sem conflito não existe poesia.
Diante do papel em branco
Como a voz do calouro
Ao vislumbrar a primeira plateia
A ânsia de escrever continua
Sem saber exatamente o que
Frases não vêm à cabeça
Tampouco temas... temas
Poemas alheios não quero ler
Não há dores, fadigas, amores
E o que é a vida do poeta sem
Questões, revoltas, rumores
Desesperada, procuro a lua
Mas hoje vaga naquela fase nova sua
É como se inexistisse
E as estrelas são tantas
Encobertas pelas nuvens
Os sons da rua
Apenas silêncios refugiados
Na imensidão da noite
Mas o que é o silêncio, a escuridão, a chuva
Sem um motivo pra metáfora?
A procura é em vão agora
O substrato dos versos
Dorme tranquilo a essa hora
E nem mesmo a solidão
Veio ter comigo esta noite
Um único pensamento insistia
Amanhã se quiser escrever terei de me arriscar mais
Eu rolava na cama sem saber se dormia
E rompendo o nada que pairava no ar
Uma voz em delírios ao fundo dizia
Vai, vive!
Sem conflito não existe poesia.
Wednesday, March 14, 2012
Deixa
Deixa-me sair daqui
Que se eu ficar
Inventarei mais um motivo pra sorrir
A vida é linda e a gente se gosta
Eu mais dela que ela de mim
Sou dessas de riso fácil, frouxo, largo
Capaz de comover tristezas com a minha alegria
Quem me conhece vai balançar a cabeça e sorrir agora mesmo
O caminho às vezes tem pedras em demasiado
E eu prefiro xingar a pedra que lamentar a topada
Deixa-me sair daqui, vai
Que as barreiras certos dias são grandes demais até pra mim
E eu quero saber dos danos
Meu jeito de saber é estando só
Entenda, eu adoro sorrir, mas
Meu único encontro comigo é a lagrima.
Que se eu ficar
Inventarei mais um motivo pra sorrir
A vida é linda e a gente se gosta
Eu mais dela que ela de mim
Sou dessas de riso fácil, frouxo, largo
Capaz de comover tristezas com a minha alegria
Quem me conhece vai balançar a cabeça e sorrir agora mesmo
O caminho às vezes tem pedras em demasiado
E eu prefiro xingar a pedra que lamentar a topada
Deixa-me sair daqui, vai
Que as barreiras certos dias são grandes demais até pra mim
E eu quero saber dos danos
Meu jeito de saber é estando só
Entenda, eu adoro sorrir, mas
Meu único encontro comigo é a lagrima.
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