nem toda esta chuva
afoga essa mágoa
eu tenho mais sal
e guardo mais água
dentro dos olhos
que o mar revolto
sobre os meus poros
e no meu cabelo solto
ao céu eu agradeço
que me faça esse favor
com tamanho apreço
de chorar por mim
se não tenho coragem
correm do alto-azul lágrimas minhas
e as ondas oceanas em meu lugar reagem
seja em tsunami de raiva ou uma dor marolinha
Friday, December 11, 2009
Tuesday, October 06, 2009
Chuva
se me concedessem
eu aceitaria
pare o tempo
naquela noite
peço aquele encontro
debaixo d'água
a chuva me beijando
junto com ela
as gotas pesando nos cílios
e caindo em seus olhos fechados
as cócegas escorrendo pelo rosto
quero aquela água
diluindo a nossa saliva
se infiltrando em cada espaço
e fazendo parte de nós
Aquela chuva bendita
tentando refrescar
sem sucesso
o calor sem fim
que saía da gente
eu aceitaria
pare o tempo
naquela noite
peço aquele encontro
debaixo d'água
a chuva me beijando
junto com ela
as gotas pesando nos cílios
e caindo em seus olhos fechados
as cócegas escorrendo pelo rosto
quero aquela água
diluindo a nossa saliva
se infiltrando em cada espaço
e fazendo parte de nós
Aquela chuva bendita
tentando refrescar
sem sucesso
o calor sem fim
que saía da gente
Thursday, September 03, 2009
A filha de Zeus
deusa de Tróia,
esse cinismo simples
é que me atordoa
nem amo ainda
e quero conhecer-te
nem anoitecemos
e já desejo-te amanhecer
ser teu oposto
é te complementar?
ser teu aposto
pra te desnudar
Da minha ilha
tua canoa
Da minha cama
teu horizonte
És deusa, podes tudo
dos meus dramas
tuas risadas
dos meus risos
teu sarcasmo
És deusa, podes tudo...
esse cinismo simples
é que me atordoa
nem amo ainda
e quero conhecer-te
nem anoitecemos
e já desejo-te amanhecer
ser teu oposto
é te complementar?
ser teu aposto
pra te desnudar
Da minha ilha
tua canoa
Da minha cama
teu horizonte
És deusa, podes tudo
dos meus dramas
tuas risadas
dos meus risos
teu sarcasmo
És deusa, podes tudo...
Tuesday, March 03, 2009
Meu último poema
Quero escrever meu poema mais tocante
Porque será o último que te dedico
Será daqueles bem rasgados e densos
Para fazer jus à nossa história tão insana e pura
Quero que não deixes que ninguém toque no meu poema
Que ninguém o leia e caçoe dele
Eu o quero intocado como as nossas lembranças
Eterno como fomos um dia
Quero que o leia no nosso último aniversário
Que já nem comemoraremos
Que vertas tua última lágrima em homenagem a nós
E sorrias ao pensar no quanto fomos felizes
Quero que sintas que nada seria mais exato
Que esse poema ao falar de nós
Quero que ele seja controverso
Cheio de símbolos e códigos próprios
Quero que ele seja passional
Que seja explosivo e fatal
Que contenha muita música
Como nossa relação possuiu
Que esse poema cause febre ao ser lido
Que muitos nem consigam terminar de lê-lo
Que o rasguem em mil pedaços
Ou o citem numa carta de amor
Quero que ele seja tão perfeito
Quanto nossos corpos juntos
E tão desconexo
Quanto nossas conversas ao telefone
Que cause a mesma dor de te ver partir
E que ele não exista enfim
Para saberes o vazio que tenho sentido
Porque será o último que te dedico
Será daqueles bem rasgados e densos
Para fazer jus à nossa história tão insana e pura
Quero que não deixes que ninguém toque no meu poema
Que ninguém o leia e caçoe dele
Eu o quero intocado como as nossas lembranças
Eterno como fomos um dia
Quero que o leia no nosso último aniversário
Que já nem comemoraremos
Que vertas tua última lágrima em homenagem a nós
E sorrias ao pensar no quanto fomos felizes
Quero que sintas que nada seria mais exato
Que esse poema ao falar de nós
Quero que ele seja controverso
Cheio de símbolos e códigos próprios
Quero que ele seja passional
Que seja explosivo e fatal
Que contenha muita música
Como nossa relação possuiu
Que esse poema cause febre ao ser lido
Que muitos nem consigam terminar de lê-lo
Que o rasguem em mil pedaços
Ou o citem numa carta de amor
Quero que ele seja tão perfeito
Quanto nossos corpos juntos
E tão desconexo
Quanto nossas conversas ao telefone
Que cause a mesma dor de te ver partir
E que ele não exista enfim
Para saberes o vazio que tenho sentido
Thursday, February 26, 2009
Marejar
E esse barco fica
como que ninando a minha dor
Ela pra lá e eu pra cá
ora pra cá ora pra lá
E o mar
nos meus olhos navega
salgado, quente, choroso
Ah! meu barquinho
para de balançar
preciso estar firme
conhecer ilhas e novas terras
Ah! por que vim de barco
se ela foi pela ponte?
A ponte pra lá e o barco pra cá
ora pra cá ora pra lá
Ah! barquinho teimoso
se não te aquetas
como vou ficar de pé?
É preciso estar serena
para explorar lugares ao redor
como que ninando a minha dor
Ela pra lá e eu pra cá
ora pra cá ora pra lá
E o mar
nos meus olhos navega
salgado, quente, choroso
Ah! meu barquinho
para de balançar
preciso estar firme
conhecer ilhas e novas terras
Ah! por que vim de barco
se ela foi pela ponte?
A ponte pra lá e o barco pra cá
ora pra cá ora pra lá
Ah! barquinho teimoso
se não te aquetas
como vou ficar de pé?
É preciso estar serena
para explorar lugares ao redor
Subscribe to:
Posts (Atom)