Dentre tantas considerações sobre os sentimentos humanos, tenho pensado que a paixão é um estratagema da natureza para que a gente conheça o amor. Neste século mais do que nunca.Vou explicar. Essa é a parte mais curiosa, porque ultimamente não temos tempo pra ouvir as pessoas, tempo para de fato parar e escutar alguém falar, olhar seus gestos com carinhosa atenção, compreender seus atos em detalhes...e que força mais poderosa seria capaz de fazer você, ocupado com todas as distrações da vida, voltar-se para oferecer todos os seus sentidos a alguém por instantes, horas, dias? E reviver esse contato a cada momento, estudar os meandros, repassar em sua mente, como matéria nenhuma da escola, faculdade e vida lhe causara antes interesse? - A paixão - Só ela é capaz de silenciar as distrações do mundo, de nos fazer parar e entregar toda nossa atenção ao outro, dando a oportunidade para o amor entrar pela pele, pelos ouvidos, pelos olhos até enfim atingir a nossa alma. A paixão é pausa. O amor é a vida que continua.
"Escrever é se vingar da perda"
Tudo o que vier daqui pra frente não é culpa minha...
Monday, April 06, 2020
Wednesday, April 12, 2017
Dedos entrelaçados
Conversas ao pé da libido
Desculpas para o toque tímido
Relances de comunhão
Dedos entrelaçados omitidos
E ninguém pra salvar meus sentidos
Sunday, February 01, 2015
Sutilezas
Isso que ela me traz
Chega a ser indecente
Toda essa paz
Afronta a essa gente
Não que seja vulgar
Mas a gente se acostuma
A amar discretamente
Mesmo quando se quer gritar
E evoluir o mundo doente
Se desculpa pra se esconder
Se razão pra aumentar a poesia
Brincar de nascente e poente
Um jogo de mostrar e ser sutil no dia-a-dia
Que nem diz a verdade nem mente
Escancara em metáforas e metonímias
A ousadia e a delícia do que se sente
.
Chega a ser indecente
Toda essa paz
Afronta a essa gente
Não que seja vulgar
Mas a gente se acostuma
A amar discretamente
Mesmo quando se quer gritar
E evoluir o mundo doente
Se desculpa pra se esconder
Se razão pra aumentar a poesia
Brincar de nascente e poente
Um jogo de mostrar e ser sutil no dia-a-dia
Que nem diz a verdade nem mente
Escancara em metáforas e metonímias
A ousadia e a delícia do que se sente
.
Thursday, August 28, 2014
Por Eliza
Amar Eliza é
perder-se
Retirar todas as
roupas do armário
Doar os vestidos
antigos
E depois
encontrar-se
Linda, despida e sem
cenário
Amar Eliza é
reconhecer a própria dor
Porque uma igual ela
sente
É entender-se triste
E descobrir-se feliz
de repente
Amar Eliza é ser
grata
Por sentir as
palavras voltarem a fazer sentido
E por caber-se em
paz só de lembrar teu aconchego
Mesmo em face da
maior solidão e perigo
Amar Eliza é ter
força
Diferenças tolas
para enfrentar
Números abstratos
E o julgamento de
quem só queria estar em meu lugar
Amar Eliza é
estranhar-se
E sempre fazer o que
nunca fazia
Permitir-se inovar
Se reinventar sem
covardia
Amar Eliza é dar
bandeira
Mostrar ao mundo que
sou dela
E achar que ninguém
repara
Quando o que se tem
é orgulho em tê-la
Amar Eliza é estar
vulnerável
Por querer estar
desse jeito
E nada fazer para
evitar
Porque assim se goza
cada brisa com efeito
Amar Eliza é amar
e inevitavelmente
amar para sempre
amando ser amada e
amar
o amor que se ama,
um amor valente
.
.
Tabu
Querer o que o outro
quer
nem sempre é
veramente querer
O risco de cair é a
chance de voar
Estava escrito num
muro da cidade
Dê-me a sua mão
Vamos nos arriscar
Esqueça tudo e deixa
o corpo cair
Amar é vida
Mas também uma
maneira de morrer
Confia na minha força
Eu serei teu vento
sem deixar de ser abrigo
Vem, minha fada
encantada,
cair no meu abraço
eterno até que sejamos felizes e fim
Mostrar-te-ei como é
tocar o céu
E ainda pisar em
flores
Pode acreditar, o
paraíso existe, estive lá
Pode acreditar, teu
beijo existe, estive lá
Nem precisa falar se
é tabu
Nem precisa falar
Fecha os olhos e vem
ser meu infinito
Vamos por aí planar
Pra lua te ver
A
lua se exibe
Para
chamar tua atenção
Sorri
de um lado
Sorri
do outro
Abre
um sorriso grandioso e radiante
Por
copiar-te, uma aflição
A
lua te inveja
Experimenta
o teu mistério
Uma
nova maneira de homenagear
Teu
encanto de mulher
E
então desaparece
Na
escuridão do etéreo
Frustrada
por não ser você
Mas
decidida a te adorar
Reage
Timidamente
No
quintal das estrelas
Se
abrindo, se abrindo
A
sua concorrente
Até
ficar cheia de si mesma
Entenda,
bela
A
lua busca nos teus olhos inspiração
Pra
ser lua
E
brilhar
Empresta
tua beleza pra lua, vai
Não
seja má.
Relógio tirano
Tum tum tic tac
Coração contando as horas
Quando se quer o tempo apressado
Ele senta no meio fio e ri de você
Len
ta
men
te
Coração contando as horas
Quando se quer o tempo apressado
Ele senta no meio fio e ri de você
Len
ta
men
te
Tum tic tum tum tac tum
Se o senhor não ajuda, Seu Tempo
Ainda morro dessa taquicardia
Rapdamnt
Se o senhor não ajuda, Seu Tempo
Ainda morro dessa taquicardia
Rapdamnt
Medianoche
Espera,
meu amor
A
nossa hora vai chegar
E
não passa de hoje, prometo
Essa
noite rezarei a missa do galo em teu corpo
Em
um confessionário secreto
Seleto
pelos anjos do luar
Prepara,
meu bem
Teus
pedidos e bênçãos
Tranca
o templo atrás de nós
É
sagrada essa meia-noite a sós
Saturday, June 21, 2014
Depois do encontro
Não acredito em amores sofisticados. O amor só se prova na simplicidade, no pé descalço, no meio da chuva, na lama, debaixo da marquise, ao relento, no chão. Ora, o amor precisa de remelas, de enjoos, de medos, de dentes sujos após o almoço. Fora isso é ilusão, porque não se pode fingir a perfeição por muito tempo, e nem é justo deixar, ao outro, que ame uma imagem de você melhorado. Há de se olhar de perto os pequenos defeitos, os trejeitos sem jeito, o lugar onde o talento acaba, amar cada limitação do outro da qual se possa ser um complemento, onde se possa ser um motivo para a sua própria existência na vida imperfeita do outro. Amar é estar nu. Deixar-se contemplar as vergonhas. E permitir que até os interstícios sejam esquadrinhados. Não pode haver entrega maior.
Sunday, April 27, 2014
Não use Raul para justificar sua falta de opinião.
Seja maluco. Seja certinho. Seja o que tiver que ser, mas por favor não seja incoerente. Não suporto incoerência! Metamorfose ambulante é o cacete. Não é possível que se diga uma coisa ontem e hoje já não valha nada. Há de se ter algo em que se possa confiar como fixa, como essência. Se não sabe o que dizer, diga apenas a essência das tuas idéias. Essas não devem ser assim tão volúveis.
Wednesday, April 16, 2014
Mil inícios
Roda gigante
Carrossel
Coisa de criança
A espera de um sinal
Uma bandeira
Um convite
O primeiro
O segundo
O terceiro qualquer coisa
Contar momentos
Guardar dias
Memórias tolas
Um beijo
Aquele dia
O longo abraço
Expectativas
Ansiedades
O não querer
Mas eu não freio
Eu vou
Quero mil inícios
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